Quando a polarização ou a influencia são prejudiciais a sociedade
Lamentável porém previsível o que aconteceu na noite desta segunda feira (15) na sessão ordinária do Legislativo municipal de Pedras Grandes. É de conhecimento público que as relações institucionais entre Legislativo e executivo no município seguem destoantes do que preconiza a constituição onde os poderes são autônomos e independentes é que o executivo tem a função e a responsabilidade de executar ou seja realizar, já o Legislativo cabe criar leis e fiscalizar as ações do município. A muito tempo o DM tem abordado o posicionamento do prefeito municipal quando o mesmo utiliza as redes sociais desferindo ataques e causando constrangimento até mesmo a munícipes e que o DM como veiculo de comunicação atacado em nossa forma de fazer jornalismo ético e responsável.
Acontece que nesta segunda feira a situação se tornou insustentável do ponto de vista de que algo tem que ser feito ou teremos uma tragédia anunciada. A questão envolve um cidadão que em tese foi até uma unidade escolar do município segundo ele vistoriar as obras em que estão ocorrendo na referida unidade. Pedras Grandes é um município pacifico onde as pessoas se conhecem e o referido cidadão uma pessoa conhecida da comunidade. O prefeito segundo informações preliminares ao saber que o cidadão teria ido a escola verificar se a obra ou os serviços que a prefeitura afirma estar sabendo, o prefeito foi a delegacia policial e fez um Boletim de Ocorrência contra o cidadão alegando que o mesmo poderia estar colocando em risco a segurança dos alunos da unidade. Não bastasse a atitude “pessoal” do prefeito já que o mesmo de forma republicana deveria ou poderia chamar o secretario de educação e o procurador do município e assim tomar as medidas cabíveis de forma institucional e não do ponto de vista próprio e ainda usar as redes sociais postando o BO o que fatalmente poderia acirrar seus apoiadores ou munícipes pois como já citado no início da matéria “infelizmente” existe uma polarização politica no município. E desta maneira se deu os fatos quando um cidadão adentrou a câmara municipal e de forma furiosa agrediu com uma cinta o outro cidadão que teria ido “verificar” as obras e serviços que estariam sendo realizados por parte do executivo. É evidente que não estamos aqui fazendo uma ideia de juízo e muito menos afirmar que o prefeito teria responsabilidade no ato deste agressor mas o que ocorre nesta situação é que de alguns meses pra cá essa polarização política e o uso das redes sociais por parte seja do prefeito ou de outro homem público que detém mandato é inaceitável afinal esses homens são eleitos para governarem para toda a coletividade e sua postura passa a ser referência para todos.
Pesquisa mostra a triste realidade
Uma pesquisa inédita realizada no ano passado envolvendo a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com apoio do Fundo Canadá para Iniciativas Locais revela que 67,5% dos entrevistados têm medo de serem agredidos fisicamente pela sua escolha política ou partidária. Os dados foi destinado para o estudo “Violência e Democracia: panorama brasileiro pré-eleições de 2022, percepções sobre medo de violência, autoritarismo e democracia” foram coletados pelo Instituto Datafolha. O cidadão vive um momento de medo e principalmente oprimido seja por posicionamento dos mandatário ou seja homens públicos que até então foram eleitos para servir ao cidadão e não criar uma trincheira onde a polarização politica é maléfica a sociedade.
A polarização e a responsabilidade dos homens públicos na convivência harmoniosa da sociedade.
Com a polarização, os políticos se tornam mais rÍgidos em suas posições e na maioria dos casos a historia mostra que esses políticos não são adeptos a Democracia e criar os extremos é pura e simplesmente uma forma de fomentar as disputas entre seus seguidores contra aqueles que discordam do governo e assim esses homens públicos não conseguem trabalhar juntos com a população em prol de soluções para as questões locais. Isso prejudica o desenvolvimento da municipalidade e a efetividade da democracia, uma vez que impede a realização de políticas públicas eficientes e progressistas.
Em resumo, a polarização política é um fenômeno prejudicial à sociedade e à democracia, que afeta a convivência pacífica, dificulta a busca de soluções para os problemas da municipalidade e impede o desenvolvimento. Por isso, é necessário que se promova o diálogo e a convivência harmoniosa e republicana que as instituições e os governantes devem fazer e promover sempre com o objetivo de construir uma sociedade mais coesa e desenvolvida