Após dois anos em queda por conta da estiagem, a safra de milho em Santa Catarina apresenta uma retomada significativa neste ano de 2023. A colheita realizada até o momento é avaliada como “satisfatória”, aponta a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural), pois poucas perdas foram contabilizadas, sendo elas somente em locais adjacentes ao Rio Uruguai, no extremo Oeste.
Na safra de milho, já foram colhidos 76% do total cultivado, com estimativa de produção de 2,69 milhões de toneladas. Os preços estão nos menores valores desde outubro de 2020, com recuo de 5,7% entre fevereiro e março e de 18,1% entre março de 2022 e deste ano.
Banana
Além do milho, produção da banana também apresenta crescimento e traz expectativas para o mercado catarinense. A fruta produzida em SC está com preços e oferta em alta.
Nos primeiros três meses do ano, o valor negociado da banana de Santa Catarina nas centrais de abastecimento nacionais foi de R$41,2 milhões, aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume foi de 16,7 mil toneladas, o que representa 10% do total comercializado. O crescimento é reflexo da elevação da demanda.
A oferta de banana catarinense está acima de 5 mil toneladas por mês, voltando aos patamares de 2019. No final de fevereiro, fortes ventos e chuvas atingiram os municípios de Luiz Alves, Massaranduba e São João do Itaperiú, danificando bananais na região. No entanto, o aumento da produção ao longo de março manteve a oferta da fruta no mercado.
Soja
Outro produto com safras em destaque é a soja. Os números estão apontando para uma ótima colheita Estado, possivelmente a maior da série histórica levantada pela Epagri/Cepa, com estimativa de colheita de 2,74 milhões de toneladas na primeira safra entre 2022 e 2023.
O avanço da colheita da safra recorde no país empurra os preços para baixo. Em março, o preço médio pago ao produtor chegou a R$157,52 a saca, menor valor em mais de dois anos. Entre fevereiro e março a retração foi de 7,93% e entre março de 2022 e o mesmo mês deste ano chegou a 21,8%.