Jorginho Mello decidiu que os recursos públicos não devem ser aplicados para atos políticos
Pela primeira vez em muitos anos, o estado de Santa Catarina, sob a administração do Governador Jorginho Mello, não destinará recursos públicos para financiar a Parada LGBTQIAPN+ de Florianópolis. A decisão, tomada através da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), gerou revolta de ativistas de esquerda.
A Parada de Floripa, marcada para o dia 17 de novembro de 2024, enfrenta um cenário inédito sem o apoio financeiro do governo estadual. A Comissão Organizadora do evento comunicou o adiamento, originalmente previsto para setembro, devido à insuficiência de recursos para garantir a segurança e a realização da parada.
Desde o encerramento da Parada do ano anterior, diversas reuniões foram realizadas em busca de patrocínios e apoio do poder público. No entanto, a proximidade das eleições municipais complicou ainda mais a captação de recursos. De acordo com a legislação eleitoral, a Prefeitura de Florianópolis está impedida de apoiar eventos nos 90 dias que antecedem a eleição de outubro.
A Comissão Organizadora também buscou recursos por meio da Lei Nacional de Incentivo à Cultura, mas não encontrou empresas dispostas a destinar parte de seu Imposto de Renda via incentivo fiscal a tempo. Além disso, o Programa de Incentivo à Cultura de Santa Catarina (PIC), que poderia fornecer recursos através do ICMS, rejeitou o projeto, alegando que a Parada é puramente política e não cultural.
“Discordamos totalmente dessa justificativa e já estamos com um processo judicial aberto para revisão”, afirmaram os organizadores.
A decisão do governo estadual foi criticada por ativistas de extrema-esquerda, que defendem o uso de dinheiro público para financiar eventos LGBTQIAPN+. Leonel Camassão, conhecido ativista esquerdista, publicou um vídeo ironizando a situação e acusando a Fundação Catarinense de Cultura de censura. “Projetos com a temática LGBTIA+ estão sendo vetados pela Fundação Catarinense de Censura!”, afirmou Camassão.