Moradores e veranistas do Balneário Janaína, em Jaguaruna, estão enfrentando mais um verão com preocupação. Depois de anos de espera, em 2023 eles iniciaram uma movimentação para a construção de um posto de guarda-vidas à beira-mar. A promessa inicial era de que a estrutura estaria pronta para a atual temporada, mas o prazo não foi cumprido e os banhistas seguem sem uma área guarnecida.

O administrador Eduardo Vieira é um dos moradores que acompanha o movimento para conseguir a implantação do posto. Ele conta que a faixa de areia do balneário possui cerca de três quilômetros de extensão e não há presença de guarda-vidas. “Já aconteceram afogamentos e algumas vítimas morreram. Hoje o posto de guarda-vidas mais próximo fica a quilômetros de distância para pedir atendimento”, reclamou.

Ao procurarem a Prefeitura de Jaguaruna no ano passado, o administrador informou que o município alegou não ter dinheiro para a construção da estrutura. “Fizemos um acordo com o prefeito que a gente arrecadaria os materiais e a prefeitura forneceria a mão de obra para a execução do projeto. Conseguimos arrecadar aproximadamente R$ 26 mil para a compra dos materiais. Meses se passaram, o ano terminou e até agora não construíram. Estamos mais um verão colocando famílias em riscos”, disse o administrador.

Em um ofício de maio de 2023, assinado pelo major do Corpo de Bombeiros de Santa Catrina, Marcos Leandro Marques, e encaminhado ao prefeito de Jaguaruna, Laerte Silva dos Santos, o militar reforça a necessidade de um posto de guarda-vidas no balneário. “No referido Balneário Janaína há registros de ocorrências de arrastamento atendidas e também um óbito por afogamento há três temporadas”, diz parte do documento que pode ser lido na íntegra abaixo.

Município segue com a intenção de construir

O prefeito de Jaguaruna confirmou que o município se comprometeu em construir o posto de guarda-vidas. Ele informou que a prefeitura será a responsável pela elaboração do projeto e pela contratação da empresa responsável pela execução, por meio de licitação.

“No último ano não conseguimos dar este encaminhamento por falta de tempo para executar o projeto e fazer a licitação. Mas mantemos, sim, o acordo para que a gente faça a construção com os materiais fornecidos pela comunidade. Nossa intenção é concluir este processo em 2024”, afirmou o prefeito.