Diário O Município

RECAP PNG
D ITALIA 1200 X 300
Capa 3 - 825px X 200px - Podcast
SUNSET 1200 X 300
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow
Shadow
Operação Repasse foi deflagrada na manhã desta terça (31) após investigação que iniciou em Ituporanga; prejuízo na venda de carros ultrapassa os R$ 6 milhões
Hoje, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) realizou uma operação em Santa Catarina e no Paraná, decorrente de uma investigação que começou em maio em Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí. A ação tem como alvo 33 indivíduos com mandados de prisão e 45 locais sujeitos a busca e apreensão.Essa operação, conhecida como “Repasse”, teve início na manhã desta terça-feira (31) e surgiu a partir de uma investigação que começou na região do Alto Vale do Itajaí. O prejuízo financeiro causado por esse esquema fraudulento envolvendo transações fictícias de carros de luxo ultrapassa os R$ 6 milhões.

O Ministério Público está supervisionando a execução das ordens judiciais, que estão sendo cumpridas em cidades como Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, Curitiba e Pontal do Paraná. Os nomes dos indivíduos envolvidos na operação não foram divulgados.

Essa investigação teve início após vítimas dos golpes reportarem suas perdas às autoridades. O foco da operação é desmantelar o grupo responsável por atividades fraudulentas, incluindo estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Os mandados judiciais foram emitidos pela 2ª Vara da Comarca de Ituporanga.

O esquema envolvia a publicação de anúncios falsos de veículos na internet, com a criação de perfis de empresas fictícias para atrair clientes. As vítimas eram levadas a fazer pagamentos iniciais como “sinais” para a compra dos veículos, mas nunca recebiam os carros. O dinheiro recebido era transferido para contas dos criminosos, que o sacavam e distribuíam em espécie. A operação também revelou o uso de laranjas para ocultar a origem dos fundos ilegais.

Em 45 dias, o grupo movimentou cerca de R$ 6 milhões, devido à venda de carros de alto valor. A operação visa também apreender 14 veículos, a maioria deles carros importados e de luxo. O nome da operação, “Repasse”, faz referência ao jargão de revendas de carros, onde um veículo é vendido a preço de custo, geralmente denominado como “repasse”. Os preços anormalmente baixos das ofertas feitas pela organização criminosa inspiraram esse nome.

A operação do Gaeco contou com a colaboração de diversas agências, incluindo o Ministério Público, as Polícias Militar e Civil, a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar.