O Ministério Público está supervisionando a execução das ordens judiciais, que estão sendo cumpridas em cidades como Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, Curitiba e Pontal do Paraná. Os nomes dos indivíduos envolvidos na operação não foram divulgados.
Essa investigação teve início após vítimas dos golpes reportarem suas perdas às autoridades. O foco da operação é desmantelar o grupo responsável por atividades fraudulentas, incluindo estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Os mandados judiciais foram emitidos pela 2ª Vara da Comarca de Ituporanga.
O esquema envolvia a publicação de anúncios falsos de veículos na internet, com a criação de perfis de empresas fictícias para atrair clientes. As vítimas eram levadas a fazer pagamentos iniciais como “sinais” para a compra dos veículos, mas nunca recebiam os carros. O dinheiro recebido era transferido para contas dos criminosos, que o sacavam e distribuíam em espécie. A operação também revelou o uso de laranjas para ocultar a origem dos fundos ilegais.
Em 45 dias, o grupo movimentou cerca de R$ 6 milhões, devido à venda de carros de alto valor. A operação visa também apreender 14 veículos, a maioria deles carros importados e de luxo. O nome da operação, “Repasse”, faz referência ao jargão de revendas de carros, onde um veículo é vendido a preço de custo, geralmente denominado como “repasse”. Os preços anormalmente baixos das ofertas feitas pela organização criminosa inspiraram esse nome.
A operação do Gaeco contou com a colaboração de diversas agências, incluindo o Ministério Público, as Polícias Militar e Civil, a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar.