Diário O Município

Dois catarinenses foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal, pelos atos de 8 de janeiro. Detidos no Palácio do Planalto, Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriú, e Raquel de Souza Lopes, de Joinville, foram condenados por 7 votos a 3 nessa segunda -feira, 23.
O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação com pena de 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado para cada um, além do pagamento de multa pelos danos aos prédios do Legislativo, Executivo e Judiciário.

Gilberto Ackermann

Gilberto foi preso dentro do Palácio do Planalto. Ele disse em seu depoimento que foi à Brasília “espontaneamente com a finalidade de se manifestar, que chegou no dia 8 de janeiro e foi para a frente do Palácio do Planalto, tendo entrado no prédio para fugir do gás”.
No celular dele, Moraes diz que “se constata vídeo gravado pelo réu mostrando a sua barraca montada em frente ao Quartel General do Exército, demonstrando que pernoitou perante o QGEx., contradizendo, assim, a sua versão de que teria chegado apenas para o ato do dia 8 de janeiro”.

Raquel de Souza Lopes

Já Raquel “também realizou significativo número de fotos e filmagens da sua chegada e passagem pela Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023, em que afirma que ‘a primeira batalha foi ganha, ‘como eu achava que ia dar, deu pau aqui; povo subiu e quebrou tudo; povo subiu a rampa; comunismo aqui não’, aderindo ainda a um coro de ‘eu subi a rampa’”.
“Embora a defesa alegue que a ré teria vindo a Brasília para orar e que a entrada no Palácio do Planalto tenha decorrido da necessidade de se abrigar, o que se observa é que a própria ré menciona as bombas e os gases, para dizer que havia sido difícil entrar no prédio, tudo isso enquanto abertamente sorri na filmagem”, concluiu Moraes.