A cada ocorrência de
chuvas intensas em um curto período, a região da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas sofre com as cheias dos rios e, por consequência, com o transtorno dos alagamentos. Diante dos registros dos últimos dias e da necessidade cada vez mais evidente, o Comitê Tubarão e Complexo Lagunar reforça o apelo por investimentos preventivos, que venham a minimizar esses efeitos.
Conforme o presidente do Comitê, Woimer José Back, é preciso recuperar as matas ciliares; implantar medidas para evitar que o material seja carregado dentro do rio e cause assoreamento; pensar em canais extravasores alternativos na região central de Tubarão, até o mar; estudar a implantação de possíveis barragens de contenção para diminuir os efeitos; bem como melhorar o monitoramento das informações de volumes de chuvas e níveis dos rios.
“Esse ocorrido de agora, com o que aconteceu em maio e dezembro do ano passado, só reforça tudo aquilo que viemos trabalhando, insistindo e conscientizando. Todos os municípios da bacia podem fazer um pouco mais em prol da melhoria dos nossos recursos hídricos para diminuir os riscos que enfrentamos”, ressalta Back.
As sugestões, inclusive, têm sido reforçadas com autoridades municipais, tanto que o Comitê já visitou cinco cidades da região, participando de conversas com prefeitos e vereadores nos últimos meses. “Toda a bacia pode dar sua contribuição para minimizar os efeitos das cheias, e Tubarão tem que liderar esse processo, como cidade polo e com maior risco. Isso será possível com uma Defesa Civil estruturada, equipada e com bons profissionais qualificados e de carreira. É extremamente importante que tenhamos mais ações preventivas, para fazermos o enfrentamento desses eventos críticos que, certamente, voltarão a ocorrer”, alerta o presidente.
Para Back, além dos investimentos necessários na prevenção do enfrentamento das cheias, todos os municípios precisam ter, também, os seus planos de contingência. “As autoridades e a população precisam saber o que fazer, porque no momento de crise, todos ficam perdidos e pouco acaba sendo feito. Às vezes, são realizadas ações no improviso, que podem até mesmo atrapalhar. O treinamento nas escolas, nas comunidades e os meios de comunicação precisam saber o que fazer em cada uma das situações, dependendo do risco de cada uma delas, para podermos enfrentar essas situações”, completa.
