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Programas de desenvolvimento educacional alcançam 56% da população privada de liberdade em Santa Catarina

Os programas de desenvolvimento educacional no sistema prisional de Santa Catarina alcançaram um marco significativo neste ano, beneficiando 56% de todas as pessoas privadas de liberdade (PPL), o que representa um aumento de 6,7% em comparação ao ano anterior. Isso resultou na disponibilidade de oportunidades educacionais para 13.736 internos em todo o estado, superando a meta estabelecida pelo Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional.
Essas ações são realizadas por meio de um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) e a Secretaria de Estado da Educação (SED), com o objetivo principal de assegurar o acesso à educação básica e ao Projeto Despertar Pela Leitura às pessoas privadas de liberdade.
De acordo com dados atualizados da Coordenadoria de Desenvolvimento Educacional do Departamento de Polícia Penal, o crescimento de 6,7% já ultrapassou a meta do Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional, que previa um aumento anual de 5% na oferta de ensino até 2024.
Além de proporcionar educação como meio de reintegração social para os internos do sistema prisional, os programas educacionais também desempenham um papel essencial na remição de pena para aqueles que veem na educação uma oportunidade de melhorar suas vidas. Conforme o Artigo 126 da Lei de Execução Penal, os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto têm um dia de pena reduzido a cada 12 horas de frequência escolar e quatro dias remidos para cada livro lido e resenhado pelo Projeto Despertar Pela Leitura.
O secretário da SAP, Carlos Alves, enfatizou a importância da educação como uma ferramenta poderosa para a reabilitação e reinserção de indivíduos que estão cumprindo penas, oferecendo-lhes oportunidades para se tornarem cidadãos produtivos e responsáveis após a libertação. “O sistema prisional de Santa Catarina oferece uma ampla gama de programas educacionais, desde alfabetização até o ensino superior, além de programas de capacitação profissional”, disse.
A secretária adjunta da SAP, Joana Mahfuz Vicini, ressaltou que estudos têm demonstrado que os internos que participam de programas educacionais têm menos probabilidade de reincidir, o que beneficia tanto os indivíduos quanto a sociedade, reduzindo os custos humanos e financeiros da reincidência. “Além disso, a educação também contribui para melhorar o ambiente dentro das prisões, pois os detentos envolvidos em programas educacionais tendem a adotar comportamentos mais positivos, resultando na redução da violência e da tensão no sistema prisional”, completou.