Diário O Município

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Primeiro campo: a estrutura de nosso “ser”, o metafísico (espiritual)

A vida é um campo de possibilidades. Quem planeja antes de construir, ou almeja a realização de um projeto, seja do ponto de vista pessoal, na busca por conhecimento, se desenvolver e ascender em algum nível de compreensão de si ou da própria realidade, a alguma construção ou aquisição de algo preterido, pode chegar no seu objetivo, não sem dificuldades.
Contudo, muitos são os percalços, desafios, imprevistos, como é natural em muitas coisas que acontecem e nos acometem enquanto caminhamos. Por outro lado, tantas outras questões estão acontecendo simultaneamente, sem nos darmos conta, e que talvez não mudariam em nada as nossas vidas, até que viessem a acontecer próximo de nossos lares, vizinhança, cidade, em nossas vidas.
Talvez possa destoar um pouco do sentido proposto, ter iniciado com algumas considerações sobre a vida e suas circunstâncias. Hoje caro(a) leitor(a), para ilustrar nossa trajetória nesta empreitada, convido você a conhecer um pouco sobre um filme que não se encontra no chamado mainstream, mas que tem fervilhado nas redes digitais, canais, blogs e páginas.
Considerações as mais diversas têm sido realizadas no intuito de descaracterizar esta obra, que por seu teor, se formos sinceros, poderemos identificar o fio de uma trama que vem se desenvolvendo desde nossa tenra idade e no surgimento da própria humanidade. Digo isso, porque este primeiro campo está situado em elementos que transcendem, mas que não são impossíveis de perceber enquanto crescemos, e nossa personalidade vai sendo forjada, influenciada e sugestionada.
O filme se chama ‘Nefarious’. Ele é uma adaptação de um romance de 2016 de Steve Deace, com o título – A Nefarious Plot – ; o enredo do filme Nefarious gira em torno de um psiquiatra (Jordan Belfi) que deve determinar se um condenado no corredor da morte (Sean Patrick Flanery), está fingindo sua suposta possessão demoníaca. Do começo a o fim, ficamos atentos aos diálogos dos personagens e nas impactantes mensagens que são transmitidas. Não se trata de um filme de possessão com efeitos hollywoodianos, o seu roteiro estruturado nos transmite uma dimensão da realidade.
Para Rodrigo Sá(2023), “há quem diga que seja o melhor filme a capturar a realidade do demoníaco desde O Exorcista de 1973, de William Friedkin. E é isso mesmo. Filme Nefarious é mortalmente sério sobre a natureza do mal. E assim, é convincente e memorável”. Tudo está centrado na condenação do prisioneiro que está pendente da avaliação do psiquiatra para diagnosticá-lo. Se está fingindo, ou é genuinamente louco. Se são, ele será morto, se insano, não será executado.
Na trama, o Dr. James (psiquiatra), indaga Edward (prisioneiro), e este, alega estar possuído por um demônio. Há um intenso diálogo, com inúmeros temas caros às doutrinas e a filosofia. Temas como, fé, razão, livre-arbítrio, bem e mal, são tratados de modo impactante e claro. Nestas abordagens, através de seus diálogos, vemos surgir a vida e suas circunstâncias na trajetória individual do psiquiatra, em paralelo as circunstâncias que se duplicam na manifestação do prisioneiro, ora, incisivo, manipulador, e em poucos momentos, atormentado e confuso.
Para o padre canadense Carlos Martins, que exerce há mais de vinte anos o ministério de exorcismo: “Bem menos preocupado em ostentar do que em demonstrar o pensamento e o caráter intelectual do diabo, o filme retrata, acuradamente, como ele sufoca a esperança da vítima”. Parafraseando Pedro: “(…) o adversário se coloca no ataque, como um leão que ruge para tragar”. Os destinatários da correspondência (da epístola), estavam em estado de perseguição social e luto, mas também no aprimoramento das virtudes.
Por fim, nas dimensões sutis de nosso cotidiano, o filme vem nos trazendo esta proposta, auxiliando em compreender e identificar, nas circunstâncias, os pequenos atos que podem acarretar um peso eterno, na repercussão de nossas escolhas. Por isso, andemos na Luz, sabendo que Maior é Aquele que está em nós, do que aquele que está no mundo.