As exportações do agronegócio de janeiro a julho de 2023 renderam US$ 97 bilhões ao Brasil. Maior valor para o período, a cifra é o mais novo recorde do setor.
Os números fazem parte de levantamento realizado por Oeste nos registros das exportações do agronegócio mantidos pelo Ministério da Agricultura. A receita, porém, não se deu apenas com o comércio direito da fazenda a outros países. Quase metade da receita veio por meio da venda de produtos da indústria de transformação fabricados com matérias-primas agrícolas.
Com carne, por exemplo, o país faturou US$ 13,6 bilhões — a segunda posição do ranking. Esses produtos saem dos frigoríficos, mas os animais que dão origem são criados em granjas, currais e pastagens das propriedades rurais.
O complexo da soja segue com a maior receita do setor: US$ 46 bilhões. Formam a pauta desse segmento tanto o grão in natura quanto os produtos que passam por transformação industrial, como o farelo e o óleo.
No top 3 também aparece o segmento sucroalcooleiro, responsável pela produção de diversos produtos. Entre eles se destacam o álcool e o açúcar, um item exportado pelo Brasil desde que os portugueses começaram a se estabelecer no território nacional.
Exportações do agronegócio e os Estados
Todos os Estados brasileiros ganharam com as vendas do agro para o mercado externo no período. O Acre, com a menor receita, registrou a cifra de US$ 30 milhões. Na outra ponta, Mato Grosso, São Paulo e Paraná tiveram as mais expressivas.
Os mato-grossenses, que possuem a maior produção de soja e o mais volumoso rebanho bovino no país, faturaram US$ 20 bilhões. A receita dos paulistas, por sua vez, fechou em US$ 15 bilhões. São Paulo é famoso no setor por liderar indústrias, como a sucroalcooleira.
Já os paranaenses, líderes da indústria nacional de carne de frango e na segunda colocação para a safra de soja, conseguiram US$ 10 bilhões com as exportações do agronegócio, entre janeiro e julho.