Diário O Município

Panorama: as evidências de um “novo normal” e os sete campos de batalha

Ao realizamos uma busca rápida e simples na internet, digitando – “o novo normal”, podemos ler que: “Um novo normal é um estado ao qual uma economia, sociedade, etc. se instala após uma crise, quando esta difere da situação que prevalecia antes do início da crise. O termo foi empregado em relação à Primeira Guerra Mundial, crise financeira de 2007–2008, ataques de 11 de setembro de 2001, o rescaldo da recessão global de 2008-2012, a pandemia de COVID-19 e outros eventos.
De fato, toda crise condiciona a uma reestruturação (se para o bem ou para o mal, altruísta ou egoísta, deleitosa ou dolorosa) da sociedade, dos povos, famílias e indivíduos. Podemos constatar em nossas vidas o impacto, de curto, médio e longo prazo de algum evento ou situação que proporcionou uma guinada na dinâmica relacional, e a tomada de medidas que nos conduziram a outros níveis de compreensão de nossa própria experiência.
Hoje, caro(a) leitor(a) vamos sinalizar os próximos passos, uma nova abordagem a partir dos temas: o ataque contra o Ocidente e seus impactos no nosso cotidiano. Serão apresentados alguns tópicos que nos proporcionarão este panorama, sobre algumas evidências deste ‘novo normal’, proporcionando ao término, uma ampliação em nosso horizonte de consciência e diminuindo o nosso mapa da ignorância.
Mas antes, recordemos os princípios orientadores nesta jornada, o mapa da ignorância e o horizonte de consciência. Nas palavras do filósofo Olavo de Carvalho, que nos transmitiu o significado destes conceitos, “ o mapa da ignorância é um conjunto esquemático de interrogações pelo qual tomamos consciência daquilo que nos falta saber para compreender melhor aquilo que sabemos numa determinada fase da nossa evolução cognitiva. Horizonte de consciência é o limite daquilo que compreendemos nessa fase. Um mapa da ignorância pobre ou vazio assinala um horizonte de consciência fechado e incapaz de ampliar-se.
Dito isto, passemos agora a identificar o cenário que se constrói a partir das crises. É através da história que podemos aprender sobre certos grupos – políticos, militares, religiosos, terroristas – ao vermos como nas circunstancias argumentam sobre a limitação dos direitos e liberdades civis, e até mesmo o confisco de bens pessoais.
Neste sentido, se justificam, quando da tomada do poder, para exercer o controle em tempos de crise. A autoridade que representam, significa no seu enunciado, a ordem diante do caos. A cada dia que transcorre em nosso curto período, gerações vão se passando, e o que conseguem colocar a baixo, suplantando de forma artificial, vão inoculando no tecido social.
Segundo Cristina Jiménez, escritora e jornalista investigativa que escreveu a trilogia: Os donos do mundo; A verdade sobre a pandemia e A terceira guerra mundial já começou, nem todos estão apercebidos do que vem a anos sendo articulado nos bastidores do mundo. Podemos ver isso no que aconteceu na pandemia, que revelou ao mundo, as debilidades dos sistemas econômicos, sociais, sanitários e políticos.
Em consonância, a autora ainda nos traz que: “não há declaração formal de guerra. Hoje ela tem uma justificativa sanitária, amanhã será climática. Dependerá das pragas e das catástrofes que os deuses supremos do Olimpo nos enviarem. Sobre o campo de batalha, é só nos atentarmos como andam estes pontos, diante das circunstancias que estão passando – longe, distante, ou quem sabe, nem tão longe assim – de nosso horizonte, ou sua negação, pois se impõe, anda que de forma artificiosa, na nossa ‘realidade’, a saber; o campo metafísico/espiritual, geoeconômico, geopolítico, geosocial, bioético-jurídico, conquista espacial/tecnológica e a batalha para dominar o futuro.
Destes sete pontos podemos depreender as principais áreas onde se travam as principais guerras atualmente. Já eram tratados no final do século XIX, e início/meados do século XX, pela literatura, com seus enredos distópicos, este campo de possibilidades. O anseio por controle, domínio e exercício do poder se estruturam em vária frentes, e muitas vezes não conseguimos discernir, pois vem envoltos num manto de aparente benefício e recompensa.
Por fim, deixo com a reflexão de Daniel Estulin na contracapa de seu ‘ TransEvolução – A era da iminente desconstrução da humanidade”: Passamos das generalizações sem sentido, das banalidades e deduções simplistas dos primeiros romances de ficção científica, com monstros que surgiam das profundezas dos oceanos; dos submarinos elétricos; do canhão espacial e do pouso na Lua, à nanotecnologia, robótica, cibernética, inteligência artificial, aumento da expectativa de vida, aprimoramento cerebral, interação “cérebro a cérebro”, realidade virtual, engenharia genética, teletransporte, interfaces homemmáquina e à engenharia neuromórfica. Não tardará até competirmos com Deus, em pé de igualdade, pela imortalidade”.