Diário O Município

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O projeto de lei que pretende mudar o Hino de Santa Catarina dividiu opiniões nas redes sociais nesta terça-feira (25). De autoria do deputado estadual, Ivan Naatz (PL-SC), a justificativa da matéria alega que a letra é “abolicionista”, e por isso, “pouco representativa”.
Um dos trechos da letra , criada em 1892, menciona a quebra das algemas de escravos:
“Quebrou-se a algema do escravo
E nesta grande nação
É cada homem um bravo
Cada bravo, um cidadão”
A canção foi criado quatro anos após a Lei Áurea, que representou a abolição da escravidão no Brasil.
Conforme o projeto de Lei, a letra deve ser alterada porque “nada retrata os valores e potencial catarinense, além de nunca ter caído no gosto e na memória popular”.

Assunto criou polêmica nas redes sociais

Nas redes sociais, o assunto gerou polêmica.
“No RS, uma lei pra não mudar o hino racista.
Em SC uma lei pra mudar o hino por… Racismo”, falou um internauta.
“Mudar o Hino de Santa Catarina, 131 anos depois, tem o único objetivo de apagar um símbolo cultural que celebra o fim deste crime barbáro contra o povo negro”, afirmou o presidente do PSOL em Santa Catarina, Leonel Camasão.
Ainda nesta terça, o autor do projeto comentou o assunto.
“Esse hino não me representa. Depois de 130 anos ainda não sabemos e não queremos cantá-lo”, escreveu Naatz.
O projeto foi submetido à Comissão de Educação, Cultura e Desporto para análise em maio deste ano. Em seguida, a comissão aprovou uma audiência pública sobre o tema, prevista para acontecer em 15 de agosto, 9h, na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).