Diário O Município

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Motivacional e reflexão

Um medo vence o outro

E não é mesmo?

Quantas vezes agimos enfrentando um medo impulsionados por outro medo ainda maior?

É o que sucede à mãe que enfrenta o medo das chamas para salvar o filho de um incêndio (por medo de o perder). Da pessoa insegura na sua condução que vai até ao centro de uma grande cidade a conduzir porque vai visitar um familiar ao hospital.

Sim, um medo muito grande, tantas e tantas vezes impulsiona-nos a agir e a superarmos os nossos próprios limites. Muitas vezes atitudes bravas e heróicas tem o seu combustível num medo maior!
O medo excessivo é prejudicial à saúde mental e à vida de uma pessoa – é o caso de quem vive em ansiedade e stress constante. Porém, sentir medo é algo positivo! Se não sentissemos medo corríamos para situações perigosas para nós e para os outros sem qualquer consciência do perigo.

Procure é manter um relacionamento equilibrado com o medo. Evite ser totalmente dominado por ele ao ponto de nem sentir prazer e liberdade em viver.

Agora deixo-vos com uma bem disposta fábula africana que nos fala precisamente disto…
Akari gostava muito de ir à caça. Mas tinha sempre pouca sorte. De vez em quando regressava de mãos vazias. Nessa altura era gozado por todos:

— Sabes porque é que não caças nada? Porque tens medo de entrar no mato!

Um dia, Akari, após ter andado imenso, sentiu fome. Viu uma aldeia e pensou:

«Vou pedir um pouco de sopa.» As pessoas da aldeia deram-lhe de comer e beber. Quando ficou saciado, pensou:

«E para que hei-de eu ir para outro sítio, se aqui me tratam tão bem?»

Decidiu, então, ficar por ali. O povo da aldeia aceitou-o e deu-lhe um terreno para cultivar. Akari fez uma cabana e, passado algum tempo, casou-se.

Um dia, não tendo nada que fazer no campo, disse à esposa:

— Há muito tempo que não vou à caça. Hoje vou ao bosque caçar uma boa gazela para o nosso jantar.

Pegou na lança, que já estava ferrugenta, e encaminhou-se para a floresta. Não sabia que aí havia tantas feras.

Avançou seguindo umas pegadas. Pelos ramos derrubados, compreendeu que tinham passado por ali elefantes.

De repente, apareceu correndo um leão, deteve-se a poucos passos de Akari, dando a impressão de que estava à espera dele há muito tempo. O rei da selva abriu a bocarra e

deu uns rugidos tão fortes que as folhas começaram a cair das árvores.

O caçador sentiu-se perdido. Não tinha por onde escapar. Olhou em redor. À direita tinha um grande matagal cheio de espinhos.

Fugiu para lá sem pensar no que fazia. Os espinhos rasgaram-lhe a pele, mas o medo era mais forte do que a dor.

O leão aproximou-se do matagal, mas quando viu os espinhos tão grandes e afiados, preferiu sentar-se à espera. Esperou três dias; mas, faminto e desiludido, foi-se embora.

Entretanto, na aldeia, aperceberam-se do desaparecimento de Akari. Encarregaram Rata, um famoso caçador, para ir ao bosque procurar o infeliz desaparecido.

Rata entrou na selva e, pouco depois, passou pelo matagal espinhoso.

— Quem está aí? — perguntou uma voz do meio dos espinhos.
— Sou eu!
— E quem és tu?
— Sou Rata e ando à procura de um homem que se perdeu na floresta.
— Sou eu esse homem. Ajuda-me a sair daqui.
— É como é que tu foste parar aí?
— Foi o medo que me fez vir para o meio destes espinhos.
— Está bem, eu vou tirar-te daí.

Rata pegou em erva seca, colocou-a à volta do matagal e lançou-lhe fogo. Ao ver-se rodeado pelas chamas, Akari deitou a correr outra vez através dos espinhos e saiu.

É bem verdade que um medo vence outro medo.

A maturidade

A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos.
A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar. A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade.
Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade.
Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo.
Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. A santidade começa na autenticidade.
Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si.
Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos.
Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites.
A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança. O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.
Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado. Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz!

”Padre Fábio de Melo

Alimento diário

Isaías 61:3
A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.

Reflexão

As vezes estamos tristes pois estamos enfrentando dificuldades, mas a palavra afirma que é necessário trocar nossas vestes, o espírito angustiado e o murmúrio devem ser substituídos pelo louvor, pois Deus habita em meio aos louvores, e se o lugar que Deus habita é o céu onde não há choro nem sofrimento, isso significa que quando louvamos a Deus experimentamos o céu em nossas vidas, e recebemos o consolo e a alegria que vem através da salvação, conquistada por Jesus na cruz, como prova do seu amor por todos nós.

Tenho Dito. / Jorge Eduardo da Silva

ORAÇÃO: Pai querido, unge meus lábios, porque eu quero parar de murmurar e quero começar louvar ao Senhor mesmo enfrentando adversidades. Perdoa pelas muitas vezes que murmurei, e pela falta de fé, pois sei que o Senhor não deixa nenhum dos Seus filhos desamparados e não há motivos para murmurar. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

Que Assim Seja.