O agronegócio brasileiro deve colher 315 milhões de toneladas na safra de grãos de 2023. Desse modo, ela equivale a quase 860 mil toneladas por dia. E a quantidade é um recorde, de acordo com os números mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Duas culturas são o carro-chefe: soja e milho. As previsões para elas são de 156 milhões de toneladas e 126 milhões de toneladas de produção, respectivamente. Assim, essas safras equivalem a 90% de toda a colheita de grãos prevista para 2023. Neste ano, o agronegócio do brasileiro deve figurar como o maior exportador global dessas mesmas duas culturas.
Em 2023, o Brasil responderá por 30% de todas as exportações globais de milho e por 55% do comércio entre países de milho. A importância desses dois produtos é estratégica, tanto do ponto vista local quanto internacional.
Soja e milho são amplamente utilizados na indústria e na criação de aves e suínos. Não por acaso, a China é o maior comprador da sojicultura brasileira e está entre os grandes importadores de milho do Brasil neste ano. O país asiático tem o mais expressivo rebanho de porco do planeta, além de ser um dos principais produtores de carne de frango no mundo.
Entre janeiro e maio, o Brasil enviou 35,5 milhões de toneladas desses dois grãos para a China. A receita com esses embarques fechou em R$ 19 milhões de dólares.
Outros destaques da safra de grãos do agronegócio brasileiro
Dos outros itens que fazem parte do levantamento da Conab, também se destacam o arroz, feijão e trigo. Todos eles são fundamentais para a dieta dos brasileiros.
A projeção para colheita de arroz, por exemplo, é de 10 milhões de toneladas. É quase o mesmo número estimado para a produção de trigo. E a safra do feijão é a menor entre esses grãos: 3 milhões de toneladas.