Diário O Município

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Vida pública – é o exercício de qualquer cargo ou funções ligadas aos interesses do Estado ou da coletividade.
Os valores e princípios morais são indispensáveis ao político. São eles que, em última análise, conferem sentido à sua carreira e às suas atividades. Entretanto a absoluta intransigência moral assim como a ideológica, torna o político demasiado rígido para a intrínseca plasticidade da vida política. Reconhecer a diferença entre as duas esferas de vida não significa, porém, tolerar comportamentos desonestos e uma comunicação mentirosa. Significa apenas admitir que a esfera pública possui uma lógica própria, diferente da vida privada, como alertou Maquiavel há cinco séculos atrás. O politico detentor de mandato deve exercer uma liturgia do cargo e conhecer os 7 princípios para a vida pública também conhecidos como os “princípios de Nolan” é sem duvidas o marco inicial da função publica e são eles:

  1. Abnegação: Os detentores de cargo público devem agir apenas em termos de interesse público.
  2. Integridade: Os detentores de cargo público devem evitar colocar-se sob qualquer obrigação ante pessoas ou organizações que possam tentar indevidamente influenciá-los no seu trabalho. Eles não deve agir ou tomar decisões, a fim de obter benefícios financeiros ou materiais para si, a sua família ou seus amigos. Devem declarar e resolver qualquer conflito de interesse e/ou de relacionamento.
  3. Objetividade: Os detentores de cargo público devem agir e tomar decisões de forma imparcial, equitativa e com base no mérito, utilizando a melhor evidência e sem discriminação ou preconceito.
  4. Prestação de contas: Os detentores de cargo público são responsáveis perante o público por suas decisões e ações e deve submeter-se ao escrutínio necessário para assegurar esse compromisso.
  5. Transparência: Os detentores de cargo público devem agir e tomar decisões de forma aberta e transparente. As informações devem ser reveladas ao público, a menos que existam razões claras e legais para não o fazer.
  6. Honestidade: Os detentores de cargo público devem falar a verdade, ser honestos, francos e genuínos.
  7. Liderança: Os detentores de cargo público devem apresentar esses princípios em seu próprio comportamento. Eles devem apoiar e promover ativamente esses princípios e estar disposto a denunciar um comportamento inadequado onde quer que ocorra.
    Esse editorial se faz necessário pois o que estamos assistindo nesse momento em meio aos escândalos envolvendo políticos e a corrupção é um discurso por parte dos acusados que alegam agora estarem sendo “execrados pela opinião pública ou pelas redes sociais.” Exatamente essa a diferença entre ser um ente público e um cidadão comum, ser ovacionado e idolatrado em razão de sucesso é consequência de um bom desempenho profissional , porém quando a popularidade ou algo em desacordo com a postura da função ou do cargo que exerce o homem público certamente é cobrado e principalmente colocado a avaliação previa do público ou da população como queiram chamar. É evidente e enquanto veiculo de comunicação que somos sempre defendemos em nossas publicações que o legitimo direito a ampla defesa deve sempre ser respeitada e assim o homem público ter a digna oportunidade de mostrar sua isenção e honestidade afastando assim os fatos ao que os é imputado por parte dos inquéritos, mas temos que ter enquanto cidadãos o discernimento de que o homem público tem que estar preparado para as adversidades de sua “nobre função” podendo ir do céu ao inferno em razão de detalhes ou procedimentos que o coloquem em uma dessas extremidades (céu ou inferno). Portanto aos que pensam em um dia servirem a uma função pública sendo candidatos a um cargo eletivo que analisem bem tanto do ponto de vista da exposição que se tem assim como de sua postura enquanto estiverem no exercício da função pois passar pelo crivo da opinião pública será inevitável e as consequências por vier inimagináveis.