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À medida em que ocorrem novos desdobramentos da Operação Mensageiro, mais detalhes do esquema de corrupção vêm à tona. Durante depoimento nesta terça-feira (30), o proprietário da Serrana Engenharia contou que havia acordos de propinas em de 30 a 40 das 135 cidades em que a empresa possuía contrato. O dinheiro pago aos prefeitos e outros gestores envolvidos no esquema de corrupção, segundo ele, vinha das chamadas “notas frias”.

Ao mandar um caminhão para oficina, por exemplo, a empresa pedia uma segunda nota fiscal, como se outro serviço tivesse sido prestado. Eram solicitadas notas de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Os prestadores de serviço emitiam a nota e recebiam o valor. Impostos eram descontados e os valores retornavam para empresa.

O funcionário que ficou conhecido como mensageiro fazia a entrega das propinas desde 2014. Ele tinha várias estratégias para não ser identificado, segundo o delegado do Gaeco Fabiano dos Santos Silveira, uma delas o uso de vários celulares para conversar com os agentes públicos. Doze aparelhos foram encontrados durante o cumprimento de mandados, a maioria escondidos em caixas de sapatos.