Diário O Município

É engraçado ver como o Judiciário Catarinese trata de forma injusta e diferente os seus jurisdicionados. Na Lei 8.906/94, temos que juízes e advogados estão no mesmo patamar de importância para a administração da Justiça, não havendo inclusive hierarquia entre eles. Acontece que quando um magistrado é apanhado praticando crimes que oferecem risco diretamente a saúde dos membros de toda a sociedade, é detido e imediatamente recebe o “benefício” da tornozeleira eletrônica. Mas se o investigado for advogado ou qualquer outro cidadão fica preso, ainda que sem provas, para averiguação por tempo imprevisível e na maioria das vezes exagerado.
Pergunta-se: quem oferece mais risco a sociedade e a investigação, podendo usar seu poder e atrapalhar a investigação, um juiz preso por tráfico ou um advogado acusado de improbidade administrativa?
Em outras palavras, como é usual no nosso país “aos amigos do rei, as beneces, aos inimigos os seus rigores”.

O juiz Tiago Fachin foi preso em uma operação sigilosa que investiga um suposto esquema de tráfico de medicamentos em Santa Catarina