Influenciando gerações: Escola de Frankfurt e a idiotização proposital da sociedade
Certamente, temos razão em dizer sobre nossa época: “Se você está procurando o monumento de nossa loucura, olhe ao seu redor”. Em nossa própria época vimos cidades sendo destruídas e crenças antigas sendo atacadas. Seguramente, podemos nos perguntar, com as palavras de Mateus, se não estamos diante de uma “grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora”. Temos agido, por muitos anos, com a impetuosa convicção de que o homem alcançou uma posição de independência que tornou supérfluas as antigas limitações.
As palavras acima são do livro ‘As ideias tem consequências’, escritas pelo estudioso norte-americano Richard Weaver (1910-1963). Um gênio das palavras, e que é certamente um dos homens mais sensíveis que já se propuseram a escrever um livro sobre a dissolução do Ocidente. Ninguém parece capaz de perceber isso hoje em dia, em função da teoria progressista da história – que nos faz acharmo-nos no ponto alto das realizações humanas – e da incapacidade de discernir o certo do errado. A razão disso não é biológica nem supra-humana, mas simplesmente resultado de escolhas erradas e ideias tortas.
Dito isto, hoje convido você, caro(a) leitor(a), a conhecer brevemente um movimento que tem trazido consequências catastróficas em nosso cotidiano através das ideias que chegaram até nossos dias sem que nos apercebêssemos. Se trata da Escola de Frankfurt. Segundo artigo publicado pela organização Brasil Paralelo, após Antonio Gramsci identificar, na União Soviética, os limites da teoria marxista, era preciso mudar a cultura para implantar nas pessoas a mentalidade socialista. Através deste intelectual (conforme abordamos em matéria da edição anterior) se deve a sistematização do que é denominado, marxismo cultural.
Porém, ainda restava a necessidade de estudar como implantar o marxismo na mentalidade das pessoas. E é aqui que entra a Escola de Frankfurt. Em 1923, Felix Weil, filantropo e acadêmico alemão, de origem argentina, fundou o Instituto de Pesquisa Social na Universidade de Frankfurt. Fundou-o conjuntamente com Georg Lukács, um filósofo marxista. A função do Instituto era estudar a civilização ocidental para entender como destruí-la.
A partir da década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos integrantes judeus da Escola de Frankfurt transferiram-se para Genebra (Suíça), Paris (França) e Nova Iorque (EUA). Com a mudança compulsória que sofreram, surgiu a possibilidade para a difusão de suas ideias em outros países. Por se tratar de uma escola de análise e pensamento filosófico, o objetivo da Escola de Frankfurt foi destruir a cultura ocidental a partir de uma ótica marxista. Assim, desenvolveram dois importantes conceitos, a saber, (1) Teoria crítica e (2) Industria cultural. Ambos os conceitos envolvem ideias filosóficas com finalidades sociais, isto é, ideias pensadas para serem aplicadas na sociedade.
Nos estudos filosóficos da Escola de Frankfurt, conhecidos como teoria crítica, se opunham à teoria tradicional. Para situar o(a) leitor(a), a tradicional foi criada para ser neutra, a crítica para destruir a realidade e reconstruí-la segundo a ideologia marxista. Tradicionalmente, estudavam-se os conceitos e apenas depois de entender a realidade de forma objetiva e verdadeira, analisava-se quais ações eram necessárias para gerar alguma mudança. E como acontece a teoria crítica? Da oposição a tradicional, critica o máximo possível as condições sociopolíticas e econômicas, focando não a análise da realidade, mas a crítica em primeiro lugar. O importante é criticar o máximo possível, desconstruir, rejeitar, ridicularizar e ocultar o máximo possível dos valores ocidentais. O modo de operar frankfurtiano não é construtivo, é sempre destrutivo.
Neste sentido, a religião, a moral, a filosofia grega e até mesmo as teorias marxistas clássicas são atacadas. Os principais pensadores da Escola de Frankfurt consideravam que a verdade é algo impossível de ser encontrado. Logo, com a negação da verdade objetiva, não há como escapar do relativismo do “homem, como medida de todas as coisas”. Por essas e outras, ficamos com o alerta e recomendação do professor Olavo de Carvalho: Tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isso o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez. Tenham a normalidade, a sanidade, a centralidade da psique como um ideal. Prometam a vocês mesmos ser personalidades fortes, bem estruturadas, serenas no meio da tempestade, prontas a vencer todos os obstáculos com a ajuda de Deus e de mais ninguém. Prometam SER e não apenas pedir, obter, sentir, desfrutar.